Maria Montessori elaborou um sistema de pensamento e princípios gerais simplíssimo, possíveis de ser compreendidos e aplicados por qualquer um.
Compreender Montessori é simples, porém internalizar e colocar em prática os preceitos dela em nossa vida não é fácil.
Por quê?
Porque estamos acostumados a uma educação autoritária, recheada de punições onde os adultos mandam e as crianças só obedecem, sem questionar, não participando de qualquer decisão da família.
E o Método Montessori contraria todos os aspectos da educação tradicional. E ensina o adulto a preparar-se para ser um guia da criança. Ele nos ensina a observar a criança para conhecê-la e se conectar com ela. Mas ao contrário de que muitos pensam, não é um método permissivo que deixa a criança solta. Somos como uma “moldura” para as crianças: estabelecemos os limites, mas dentro do limite a criança tem total liberdade. Os maus comportamentos são corrigidos com amor, firmeza, gentileza e empatia. Além disso, este método prepara a criança para a vida adulta. As habilidades emocionais tão importantes para se ter sucesso na vida adulta são desenvolvidas na infância.
Uma das missões da FABULAR é inspirar mais pais para que compreendam Montessori, este método que transforma as nossas vidas! Então gostaria de me aprofundar num aspecto importante do método que é o ambiente preparado.
Existem alguns aspectos que o ambiente deve possuir para que a criança consiga se desenvolver de forma equilibrada e feliz, a partir de agora abordaremos esses pré- requisitos:
✔ CONTROLE DO ERRO: Tudo quanto possível no ambiente da criança deve permitir que a criança perceba seus erros e imperfeições e se auto corrija, pois quando precisamos interferir e corrigir o tempo todo ela fica dependente do adulto. Ela apenas necessita de várias tentativas para ir melhorando o processo gradativamente até atingir o seu objetivo. Ela precisa do adulto o tempo todo porque somos o modelo dela, mas o ambiente precisa conversar e se explicar para a criança. Por exemplo, se dermos a elas copo de vidro a criança consegue enxergar a consequência do seu comportamento, se ele cair e quebrar, enquanto se for plástico o copo não quebrará e ela não terá essa oportunidade. É essa consequência natural que o ambiente dá em relação ao comportamento da criança que chamamos de controle do erro.
✔ ESTÉTICA: A estética é completamente necessária no ambiente da criança. Uma beleza pensada, cuidadosa, pontual. Não devemos lotar os quartos dos bebês com objetos sem sentido e confusos. A criança precisa de espaço para brincar e se movimentar, é assim que ela aprende! A máxima menos é mais cabe muito bem para um ambiente Montessori: poucos brinquedos, poucas cores, atraentes e bem definidas, sem gerar excessos de estímulos, mas com estilo, proporcionando um ambiente que a criança encontra a paz e a tranquilidade para se desenvolver.
✔ LIMITES: Se a criança tem muitas coisas em seu ambiente, ele não é propício para o seu desenvolvimento. Por isso, os objetos devem ser poucos e de qualidade, preferencialmente os mais reais possíveis, evitando plásticos e brinquedos que brincam sozinhos. Os de madeira e metal podem ser uma boa opção. O excesso atrapalha e prejudica a criança, só traz confusão e dificulta o movimento. Já os brinquedos que brincam sozinhos não despertam a curiosidade das crianças e logo elas os abandonam.
Montessori nos traz ferramentas para contribuir com essa nobre missão que é educar uma criança, ela é um GPS que nos repleto de atrativos que torna o caminho mais belo e simples.
Por isso, invista um pouco do seu tempo para compreender Montessori, qualquer um é capaz de entendê-lo e aplicá-lo. Ele é fundamentado em bases científicas que realmente pode te ajudar a simplificar a sua vida e a educação do seu filho! Tenho absoluta certeza que ele irá lhe agradecer com alegria! Lembre-se que uma criança equilibrada é alegre e disposta!
Se precisar, conte conosco para esta jornada! Aguardo ansiosamente você contar aqui como está sendo essa experiência.
Até logo...😊
Abraço!
Aurélia da Luz Schneck
Fonte: O texto foi inspirado no sub-capítulo “Qualidades Fundamentais Comuns a Tudo no Ambiente que Circunda a Criança”, do livro A Descoberta da Criança
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